A Associação Psiquiátrica Europeia (EPA) destaca que pessoas com transtornos mentais têm taxas de tabagismo significativamente mais altas do que a população geral, o que contribui para maior morbimortalidade. Historicamente, houve negligência ou até resistência em abordar a cessação do tabaco nesse grupo, por medo de agravamento dos sintomas psiquiátricos. No entanto, evidências mostram que parar de fumar pode melhorar a saúde mental a longo prazo e não compromete os tratamentos em curso. A EPA recomenda que a cessação do tabagismo seja uma prioridade nas abordagens terapêuticas de pacientes psiquiátricos.

As diretrizes defendem o uso de terapias combinadas, incluindo suporte psicológico adaptado, programas motivacionais e medicamentos como a bupropiona e a vareniclina, com monitoramento próximo. A equipe de saúde mental deve ser capacitada para lidar com dependência de nicotina e incluir rotineiramente a cessação como parte do plano de cuidado. O documento reforça que o ambiente institucional (como clínicas e hospitais psiquiátricos) deve apoiar políticas livres de fumo, promovendo uma cultura de saúde integral. Parar de fumar é possível e benéfico também para esse público, desde que com abordagem adequada e contínua.

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Fonte: Science Direct
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0924933813004434